OS DECRETOS DIVINOS
Introdução:
O futuro que se traduz do ponto de vista humano, incerto, confuso, onde se tem um padrão, na qual se desenvolve a pauta da história. No Cristianismo existe uma resposta convicente: é que todas as coisas, tudo o que ocorre, o que tem ocorrido, segue um plano, na qual Deus assim tem decretado. É sua obra, É decisão eterna e justa assim como Ele é .
A) O PROBLEMA MORAL:
Deus Ele é isento de tudo o que seja mal. Ele é puro, atendendo a princípios como a Santidade, Retidão e Justiça. Dois pontos básicos em relação á Santidade de Deus:
1º Sua Singularidade - (Êx 15.11; Is 6.1-4);
2º Sua Absoluta Pureza, Bondade, não é manchado pelo mal existente no mundo. "Tú és puro de olhos, que nãopodes ver o mal e a opressão não poes contemplar" (Hc 1.13). O modelo para o caráter moral do homem, é a Perfeição de Deus (Lc 11.44,45).
A retidão de Deus é parte de sua própria natureza. Ele decide de acordo com sua pureza moral (Gn 18.25; Sl 19.7-9). sua justiça está na aplicação de sua lei. O homem tem de tratar o seu semelhante com justiça e imparcialidade porque isto é o que Deus faz. (Am 5.15,24; Tg 2.9).
1. A NATUREZA ESSENCIAL DO PECADO:
a) Pecado não é simplesmente atos errados - É uma inclinação interior, disposição que nos inclina para o erro. Qualquer falta de conformidade ativa ou passiva com a lei moral de Deus é pecado.
b) Rebelião e Desobediência são pecados - A Bíblia afirma que até os gentios, que embora não tenham a revelação especial, tem a lei de Deus no coração escrita (Rm 2.14,15), um grande exemplo Adão e Eva. Era permitido a eles escolherem por obedecer ou desobedecer, opinaram pelo erro ( Gn 2.16,17 ), rebelaram-se contra a Autoridade Divina.
c) O Pecado altera o caráter - tornamo-nos eformados, segundo o qual fomos criados ,a imagem de Deus fica prejudicada (Rm 1), a mente insensata, obscurecida.
2. A PERMISSÃO DO PECADO:
Tiago declara que o pecado não é causado por Deus, descarta essa idéia afirmando (Ninguém, ao ser tantado diga: Sou tentado por Deus;porque Deus não pode ser tantado pelo mal, e Ele mesmo a ninguém tenta" (Tg 1.13). A responsabilidade pelo pecado é colocada diante do indivíduo: "Cada um é tentado por sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depos de haver concebido, dá á luz o pecado, e o pecado consumado, gera a morte" (Tg 1.14,15).
A humanidade é dotada de desejos, a princípios legítimos, indispensáveis para a sobrevivência. Impulsos dados por Deus em que casos são permitidos como até obrigatória a sua realização. Só os homens, entre todas as criaturas, saõ capazes de escolher entre alternativas, opções, arbítrio, e Deus sendo Fiel e Justo com a sua criação, permitiu ao homem uma livre escolha, porém antes impôs limites.
Adão e Eva decidiram agir de acordo com o impulso e a sugestão indutiva do maligno. Deus não deseja que soframos, morramos, porém permite, respeitando a vontade de escolha que possui o homem. Existe diferença entra a vontade de Deus e a permissão de Deus.
B) OS SISTEMAS CALVINISTAS E ARMENIANOS:
1. Calvinismo - A doutrina de João Calvino, teólogo e reformador francês (1509-1564), não foi criada por ele; foi ensinada por Santo Agostinho teólogo do século IV.
A doutrina diz qua a salvação é inteiramente de Deus, o homem não tem nada a ver com a sua salvação. Se ele o homem, se arrepender, crer efor a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade de homem se corrompeu tanto desde a queda, que sem a ajuda de Deus, não pode se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente, a completa servidão da vontade do homem ao mal.
A salvação é a execução dum decreto divino que fixa sua extensão e suas condições. Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. " A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual Ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivuos, pois nem todos são criados na mesma condição; mas a vida eterna está para outros", Deus não é injusto, ao agir dessa maneira, pois Ele não é obrigado a salvar nuinguém; permanece a responsabilidade do homem. O homem sempre é responsável por seus pecados.
Cristo unicamente morreu pelos "eleitos", posto que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação, a expiação fracassaria se algum pelos quais, Cristo morreu se perdessem. Segue-se o ensino de "uma vez salvo, sempre salvo", porque se Deus predestinou um homem para salvação, unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, nunca pode perde-se. apresentam as seguintes referências como sustento de sua posição os defensores da doutrina da "Segurança Eterna" ( Jo 17.6; 10.28,29; Rm 8.35; 11.29; Fl 1.16; I Pe 1.5 ).
2.Arminianismo - À vontade de Deus ´q que todos os homens sejam salvos, Cristo morreu por todos (I Tm 2.4-6; Hb 2.9; II Co 5.14; Tt 2.11,12) com essa finalidade sua Graça oferece a todos. A salvação embora seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, certa condições a cumprir tem o homem. Pode escolher a Graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeita-la. O direito de livre arbítrio permanece.
Certamente as Escrituras ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestinou alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestinou "a todos os que querem" a serem salvos. Ele previu o destino, mas não o fixou.
Jacó Hermano, do latim, Armínio (1560-1609), foi um teólogo Irlandês. Recebeu uma estrita educação, calninsta, embora começasse a duvidar de vários artigos de fé. Sua busca pela verdade levou-o a escrever um documento: Remonstrance, causado considerável discursão.
C) OBJEÇÕES Á DOUTRINA DOS DECRETOS DIVINOS DA JUSTIÇA E AMOR DE DEUS:
1. A Pré - ordenação é inconsistente com a livre argência.
Insiste-se que a pré-ordenação de todos os acontecimentos do que se entendem por um ato livre. Para decidir se duas coisas são inconsistentes, é preciso determinar a natureza de cada uma delas. Por um ato livre entende-se o ato de autodeterminação racional de uma pessoa inteligente.
2. A Pré-ordenação do pecado é inconsistente com a Santidade, Amor e Justiça.
Objeta-se que é inconsistente com a Santidade de Deus que o pecado seja pré-ordenado. É irracional discutir que Deus não pode pré-ordenar o pecado, se Ele pré-ordenou a crucificação de Cristo. A ocorrência do pecado no plano de DEus é um fato palpável.
3. A doutrina dos decretos, destrói todo motivo para o esforço.
Consiste em que a doutrina da pré-ordenação a qual pressupõem a infabilidade de todos os acontecimentos, tendo a negligenciar o uso de todos os meios. Se tudo acontecerá justamente como Deus predestinou, então não carece que nos preocupemos nem existe razão para nos esforçarmos.
CONCLUSÃO:
Examinando as caracteristicas dos decretos, ou obra de Deus, concluímos em meio à análise dos textos sagrados que existe uma harmônia entre os decretos ou partes do plano divino que não põe em dúvida o Amor e a justiças de Deus, apesar do mal term entrado no mundo com a permissão divina.
O amor e a justiça de Deus não poder serem colocados em dúvidas ou descrédito, a compreensão plena do Amor, inclui a Justiça. O Amor de DEus deseja que a comunhão com Ele seja restaurada e deu os meios para isso. A justiça de Deus vem a exigir a pena para o pecado.
O amor de Deus é perfeito, sendo perfeito é justo, sendo justo não poderia ser diferente com os seus Decretos esta afirmação.
Jeferson.L.S.R.
Bibliografia
MILLARD,J.Erickson. Introdução á Teologia Sistemática; Ed: Vida Nova.
PERLMAN,Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia;Ed: Vida Nova.
EDIPE. Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional; Ed: Iracema; vo.3.